quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Diário de uma sissie – parte 23 – A história de Domenique

Eu e Domenique ficamos tanto tempo juntas, com as bundinhas grudadas, que acabou florescendo uma linda amizade.

Ela me contou que foi criada em uma família conservadora, mas que sempre tivera grande interesse pelas coisas femininas. Ficava horas olhando a maneira como as mulheres andavam, conversavam e até como se sentavam.

Quando estava sozinha em seu quarto, passava horas, imitando-as e fazendo tudo para parecer com elas.

Uma vez seus pais saíram, e ele aproveitou para experimentar todas as roupas da irmã. Gostava especialmente as roupas da escola, que achava singelas e elegantes. Mas esses momentos felizes eram poucos. A maior parte do tempo tinha de parecer um menino másculo, grosso e autoritário, muito diferente da maneira delicada, feminina e submissa que ele gostava de ser.

O tempo passou e ele estudou muito e conseguiu um ótimo emprego. Aos olhos de todos, era um homem realizado, mas sentia-se frustado.

Ele tentou arranjar namorada, mas o namoro inevitavelmente acabava pela incapacidade dele de lhes contar suas fantasias.

Quando já tinha bastante dinheiro, ele comprou um apartamento e o transformou em um refúgio.

Comprava por catálogo os mais variados tipos de roupas e calçados, até mesmo lindos vestidos de gala e, enquanto estava só em casa, só usava roupas femininas. O fato de ser descendente de orientais fazia com que tivesse poucos pelos, o que facilitava a depilação.

- Nas noite em que estou sozinha em casa, eu me sinto uma verdadeira mulher, mas me sinto muito triste por não ter ninguém para compartilhar meus sonhos. Vim para a escola porque era uma ótima forma de compartilhar minhas fantasias com pessoas que me entendem. Estou de férias e fiz isso como uma forma de presente para mim mesma. Além disso, ouvi dizer que Madame Pietra costuma dar uma de cupido, conseguindo senhores ou senhoras para sissies solitárias.

Domenique queria encontrar alguém que a compreendesse e aceitasse o fato dela não poder abdicar de sua vida masculina.

Ao final do relato, chorei emocionada e desejei do fundo do coração que ela encontrasse uma senhora.

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